terça-feira, 30 de setembro de 2014

A fragilidade e a pequenez eleitoral de Cajazeiras nas eleições para Deputado Federal

  Lendo os meus al-farrábios sobre a His-tória das Eleições em Cajazeiras, es-pecificamente as de deputado federal, observei que o campeão de votos continua sendo o ex-prefeito Francisco Matias Rolim, que nas eleições de 1986, obteve 55,91% dos votos apurados. 
Nesta eleição estavam aptos a votarem 25.816 eleitores e foram contados 15.216 votos para deputado federal e destes Chico obteve 8.508, mais da metade, portanto 55,91%, mas não foi eleito e ficou na suplência tendo assumido posteriormente o mandato. 
Ainda nesta eleição, houve uma abstenção de 2.220 eleitores (8,6%), 7.557 votaram em branco e 823 anularam o voto e Edme Tavares ficou em segundo lugar com 4.033 votos, seguido de Antonio Mariz com 537 votos. 
Os números indicam que o vice-campeão é o ex-deputado Edme Tavares, com 43,90%, nas eleições de 1982. Nesta eleição estavam aptos 28.920 eleitores e foram apurados para deputado federal 15.790 votos e Edme obteve deste total 6.932 votos, portanto 43,90%, seguido de Ernani Satyro com 2.471, Tarcisio Buriti com 2.109 e Joacil de Brito com 1.700 votos. 
E outro a subir no pódio das eleições para deputado federal, em Cajazeiras, em terceiro lugar, obtido em 2010, é Jeová Vieira Campos, atualmente volta a concorrer a uma vaga na Assembléia da Paraíba, com 43,62% dos votos, Nestas eleições, de 2010, estavam aptos a votarem 42.691 eleitores, houve uma abstenção de 9.472 eleitores (22,19%), 2.920 votaram em branco e 1.011 anularam o voto e foram contados apenas 28.288 votos para deputado federal. 
Nesta eleição Jeová tirou 12.776 votos, que representa 43,62%, seguido de Wellington Roberto com 4.447 votos (15,18%), Efraim Filho com 3.697 votos (12,62%) e de Luis Couto com 1.562 votos (5,33%). 
Nestas quatro eleições, 1982, 1986, 1990 e 2010, foram registrados os seguintes índices de abstenção, 34,46%, 8,6%, 24,81% e 22,19%, respectivamente. 
 Em 1982, estavam aptos 28.920 eleitores, mas só foram contados 15.790 votos para deputado federal; na de 1986 éramos 25.816 votantes e para deputado federal foram válidos 15.216 votos; na de 1990 éramos 29.631 eleitores e para deputado federal foram contados 11.459 votos e na de 2010 éramos 42.691 votantes e para deputado federal somente 28.288 votos foram apurados. 
Em 2010, éramos 42.691 eleitores e este ano seremos 44.489, portanto houve um aumento de 1.798 eleitores, o que representa apenas 4,2% e se fizermos esta mesma projeção para os votos que serão apurados apenas para deputado federal, passaremos de 28.288 em 2010, para 29.476 em 2014. 
No nosso grupo de “conversas” sobre as eleições deste ano, todos concordam que não ultrapassaremos dos 30 mil votos válidos para deputado federal. 
Este número mostra o quanto o nosso município é extremamente frágil em termos de densidade eleitoral quando se trata da eleição para deputado federal. 
A Paraíba tem 2.835.882 eleitores aptos a votarem nesta eleição de 2014, portanto o coeficiente eleitoral para deputado federal é de 236.235 votos, diminuindo-se a abstenção e os votos branco-nulos, prevê-se que serão necessários em torno de 170.000 votos para eleger um deputado federal. Cajazeiras representa apenas 1, 569% e é o sétimo colégio eleitoral da Paraíba. João Pessoa é o primeiro com 16,367%, seguido de Campina Grande com 9,291%, Santa Rita com 3,194%, Bayeux 2,489%, Patos 2,369% e Sousa – 1,675%. 
Quando voltaremos a eleger um deputado federal filho de Cajazeiras? Infelizmente os números revelam a pequenez de nossa densidade eleitoral no atual sistema, talvez com a mudança para as eleições distritais, um dia vamos ter esta chance.


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Não há peixada melhor do que a de Lima Campos!

Inaugurada em 1960, a peixada mais antiga do distrito de Lima Campos já se tornou tradicional para visitantes de todos os rincões nordestinos
Chico Rolim com seus passos lentos adentra a peixaria.
 Lima Campos é distrito do mu- nicípio de Icó, ca-minho obrigatório pa- ra quem segue via- gem para a cidade de Orós pela rodovia CE-153, estão as tra- dicionais peixadas do Zeca e do Xixico. Restaurantes simples que oferecem peixes da água doce. Esses estabelecimentos são referências no Ceará e atraem, ao longo do ano, milhares de visitantes. Nesta época, em que chega a dobrar o número de turistas oriundos da região e de outros Estados, a movimentação é par-ticularmente intensa nos fins de semana.
 Saborear a peixada na Vila de Li- ma Campos é uma tra- dição que se mantém desde a década de 1960. O peixe principal é o tucunaré, mas, nos últimos anos, a tilápia vem ocupando espaço. O cardápio inclui peixe frito, cozido, filezinho ao molho, pirão, por- ções de arroz, baião-de-dois e vinagrete. A mesa é farta e o preço é satisfatório. Uma peixada para duas pessoas custa R$ 20,00, mas, se o cliente preferir, pode saborear o rodízio ao preço individual de R$ 15,00.
Atualmente, as duas peixadas funcionam lado a lado, em frente à praça principal da vila. São instalações simples, de paredes conjugadas, com pouca ventilação, mas que oferecem a iguaria de sabor próprio, apreciada pelos clientes.
O res- taurante mais antigo, que se mantém em a- tividade des- de a década de 1960, é a Peixada do Zeca, que pertence ao funcionário público a-posentado Jo- sé Gomes Loi- ola. O Zeca da Peixada, como é conhecido, nasceu em Sobral, mas foi morar em Lima Campos em 1966. Foi pescador e, em 1976, adquiriu do irmão, Francisco Valdeberto Loiola, o restaurante.
No ano passado, fez uma reforma na casa, que ficou mais ampla e com instalações modificadas. "Sempre acreditei no sucesso da peixada e então dediquei a minha vida a essa atividade", diz. Hoje, conta com a ajuda de dois filhos e do trabalho de oito funcionários.
Fagner, nascido em Orós, grande frequentador do lugar
O empresário pre- fere não revelar o retorno financeiro da atividade. "Está bom, mas o lucro é pequeno, porque vendemos uma coisa só e o nosso prato é barato", explicou. "Acho bom trabalhar, não me canso e estou satisfeito porque quando o cliente termina de comer diz que a comida estava gostosa, volta outras vezes e fala para outras pessoas sobre a nossa peixada". As duas peixadas vendem em média 700 quilos de pescado por semana neste período do ano.
No início, o peixe era oriundo do Açude Lima Campos, mas, por conta do aumento da demanda e da escassez de tucunaré nos reservatórios da região, passou-se a comprar pescado do Pará.
O peixe servido em Lima Campos é saboroso e o segredo está no modo de preparar, em fogão velho, de ferro, a lenha, e por ser frito na hora. Tem o tempero da culinária rústica sertaneja. Na cozinha dos restaurantes, cada funcionário tem a sua atividade específica: tratar o peixe, fazer os pedacinhos de filé, preparar o arroz, o baião-de-dois, cozinhar e fritar o pescado. A divisão de tarefas facilita a produção e favorece a rapidez no atendimento a dezenas de clientes. O filezinho foi levado no início da década de 1990, por Zeca, após observar a técnica de filetagem de tucunaré em Orós. A ideia deu certo.



segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Teremos uma seca em 2015?

por José Antonio Albuquerque

 Estudiosos dos fenômenos da seca citam que a “primeira seca de que se tem notícia no Nordeste aconteceu entre 1580 e 1583, sendo que o estado mais atingido foi Pernambuco. Naquela ocasião, os engenhos da Província não moeram, as fazendas ficaram sem água e cerca de cinco mil índios desceram o Sertão em busca de comida”. 
 
 Citam ainda que: “até hoje, a seca considerada mais arrasadora foi a ocorrida em 1877, que durou três anos e atingiu todos os estados do Nordeste. Durante essa estiagem, calcula-se que morreram 500 mil pessoas, o equivalente à metade da população do semi-árido. Foi nessa época que o problema das secas no Nordeste passou a ser considerado de âmbito nacional. Criou-se uma Comissão Imperial cujos membros, depois de percorrerem a região afetada, sugeriram as seguintes medidas para amenizar a calamidade: construção de três ferrovias e de trinta açudes, instalação de observatórios meteorológicos e abertura de um canal para levar água do Rio São Francisco para o Rio Jaguaribe, no Ceará. 
 
 Mas, de todas essas medidas, apenas um açude (o Quixadá, no Ceará) foi construído. As obras desse açude ficaram dois anos paralisadas e só foram concluídas em 1906”. Como sempre neste país o que os políticos prometem nunca cumprem e o Imperador que na época declarou que venderia até a última jóia da coroa para não ver os nordestinos morrerem de fome e de sede jamais vendeu sequer um grama de ouro de seu precioso tesouro. 

  Mas a “mais prolongada e abrangente seca nordestina até o momento foi a de 1979: duraram cinco anos e atingiu até mesmo regiões nunca afetadas anteriormente, como a Pré-Amazônia Maranhense e grande parte das zonas da Mata e Litoral do Nordeste. Pela primeira vez, a estiagem avançava além do Polígono das Secas. Foi atingida uma área total de 1,4 milhões de km2, quase todo o Nordeste. 
   O governo federal criou um "programa de emergência" que consistia na liberação de recursos para pagar um salário aos agricultores que passaram a trabalhar na construção de obras na região”. No período, cerca de 2,3 milhões, somente no estado do Ceará, foram integrados às frentes de trabalho nos municípios onde moravam. Um dos pontos mais polêmicos, podendo ser considerado a outra face da moeda: foi o uso da seca como instrumento político e econômico. E a classe política aparece mais uma vez como grande beneficiada com “a tão falada indústria da seca”. A indústria da seca sempre acabava beneficiando políticos e latifundiários, restando ao sertanejo partir em busca de outros estados. 
   Na cronologia das secas, registra-se que no ano de 1615 aconteceu uma seca de razoável proporção e no biênio 1914/1915 houve uma seca de grande intensidade em toda a região semi-árida nordestina. Em 1915, portanto há 99 anos, chegava a Cajazeiras o primeiro bispo da recém criada Diocese, Dom Moisés Coelho, que enfrentou sua primeira grande batalha: minorar a fome do povo da cidade e conseguiu junto ao governo federal a construção do atual Açude Grande, que recebeu o nome de Epitácio Pessoa e para a obra foram contratados 300 “cassacos”. Estudos preliminares indicam a probabilidade de termos uma seca no próximo ano. Muito embora no município de Cajazeiras este ano tenha chovido acima da media, que foram contínuas, mas de pequenas pluviosidades, permitindo apenas, para os que plantaram terem tido uma boa colheita, mas por outro lado não foi o suficiente para os açudes de nossa região armazenar água que suportasse mais um ano de estiagem. 
  Quando chegará o dia em que não será mais preciso termos tanta preocupação com o fenômeno da seca, que é inevitável, e passaremos a ter uma estrutura hídrica suficiente para solucionar definitivamente o problema?


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

VAI ANDORINHA VAI LIGEIRO...

Francisco Cleudimar F. de Lira

Na Paraíba: Dilma aparece com 42,8%, Marina com 28% e Aécio com 11,7%

Da Redação com PC
Correio/Souza Lopes: Dilma aparece com 42,8%, Marina com 28% e Aécio com 11,7%

Sobre a disputa para presidente da República na Paraíba, a pesquisa estimulada do Instituto Souza Lopes aponta a candidata do PT, Dilma Rousseff, na liderança, com 42,8%. A candidata do PSB, Marina Silva, tem 28%. O candidato do PSDB, Aécio Neves, está em terceiro lugar, com 11,7%. O Pastor Everaldo (PSC) tem 0,7%.
Eduardo Jorge (PV) está com 0,2%, mesmo percentual da candidata do Psol, Luciana Genro. Os candidatos Levy Fidelix (PRTB), Eymael (PSDC), José Maria (PSTU), Mauro Iasi (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO) têm 0,1% cada. Os votos brancos e nulos na preferência para presidente são 5,3%; e 10,6% não sabem em quem votar ou não quiseram opinar.
Na consulta espontânea para presidente da República, Dilma tem 39,3%, Marina está com 25,7% e Aécio aparece com 10,7%. Pastor Everaldo tem 0,5%, seguido de Luciana Genro com 0,2%. Eduardo Jorge, Eymael, José Maria e Levy Fidélix aparecem com 0,1% cada. O percentual de quem diz votar em branco ou nulo é de 4,7%. Os que não sabem ou não quiseram opinar, 18,5%.
A Empresa de Televisão João Pessoa integra o Sistema Correio de Comunicação. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba sob o número PB-0030/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00689/2014. As consultas foram realizadas pelo Instituto Souza Lopes entre os dias 15 e 18 deste mês. Foram ouvidos 1.500 eleitores de todas as faixas etárias, idades e classe sociais. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos. O grau de confiança da pesquisa é de 95%.