segunda-feira, 23 de abril de 2012

COMO PASSEI NO VEST

Abaixo a transcrição do texto, COMO PASSEI NO VEST,  publicado no jornal do Colégio Girassol, edição de agosto/2000

Bom dia, caro leitor, deixe que eu me apresente, meu nome é Claudiomar Rolim, atualmente no 2º C do Colégio Girassol. Vim aqui por meio deste artigo contar as experiências que tive com o vestibular e talvez tentar ajudar a vocês que se sentem inseguros, para enfrentar essa etapa da vida. Eu já prestei vestibular no final do 1º ano e no meio do segundo, e fui aprovado nos dois. 
Para começar quero deixar bem claro que desde o começo não achava o vestibular o bicho-papão comedor de criancinhas que todos falavam, pois ele nada mais é do que uma prova, isso mesmo, encare o vestibular como aquela prova de português, inglês ou qualquer outra matéria, assim como no colégio. Então como eu consegui passar? Sorte? Suborno? CDF? Nunca, socorro! Fuja disto, ninguém consegue passa no vestibular chutando, isso é impossível, também não há jeito de passar subornado e nem mesmo sendo CDF. O vestibular é como um prédio que você deve construir, erguendo várias pilastras, se faltar uma delas o prédio cai.
A primeira pilastra é a humildade, nunca pense que você é o melhor ou que vai passar. Isso só atrapalha, posso citar como exemplo o PSG em que fui ultraconfiante fazer a prova e me dei mal. Fiz pouco mais da metade dos pontos já no meu primeiro vestibular fiquei no dia da inscrição me perguntando o que eu estava a fazer no meio daqueles marmanjos, com pelo menos dois anos a mais do que eu, que ficavam rindo de mim. Fui fazer a prova me sentindo um idiota, fiz a prova numa velocidade impressionante (terminei antes do horário mínimo permitido). Cheguei em casa dizendo que havia levado bomba, para depois receber uma das melhores notícias de toda a minha vida. Eu havia passado em 8º lugar em Geografia, com apenas 15 anos e cursando o 1º ano do Ensino Médio. Quando fui fazer o meu segundo vestibular me sentindo o máximo quase levo bomba, passei em 12º segundo lugar num curso que havia passado na primeira etapa em 4º.
Nota publicada no Jornal
O Estado do Maranhão
A outra pilastra é o conforto, ou seja, nunca dê de bonitinho ou de filhinho da mamãe, vá do jeito que você quiser. Eu dispensava a carona da minha mãe para ir de ônibus, pois se fosse pelos meus pais eu iria engravatado. Sabe como é o meu traje for vestibular? Vou lhe descrever: camisa extremamente vermelha daquelas que brilham no escuro, bermuda de regueiro, óculos escuros, chinelão, cabelo despenteado, boné, anéis em todos os dedos da mão direita, cordões e pulseiras de hippie, ou seja, fui um verdadeiro “Falcão”, mas pelo menos estava confortável e sabendo que iria provocar desprezo nos meus adversários. As pessoas saíam da minha frente pensando que ia assaltá-las. Como fui aprovado na primeira etapa, passei a adotar o traje em todos os vestibulares.
Outra pilastra importante é assistir as aulas com atenção. Claro que eu não sou santo, claro que eu bagunço, mas só que nas horas certa: “aula é aula”. O que fazer quando chegar em casa? Pegar o caderno e revisar. Livro? Apenas para pegar os exercícios e só, aprender você tem que aprender com o professor dando aula. Sempre digo, caro leitor, eu não pego em livros sábado e domingo, mas não tem que faça, não vou perder as minhas preciosas tardes de final de semana com livros. Eu vou é pra praia, pro cinema, bater uma bolinha ou alguma coisa deste tipo.
Existe ainda aquela que talvez seja a principal pilastra, a tranquilidade. Não adianta ir preocupado, com a obrigação de passar. Você tem que ir com a cabeça fria. Que tal, um ou dois antes uma farra? Isso, chamar a galera e sair para boate, pro clube, para praia, para onde quer que seja. Vá embora, se desligue do mundo, mas é essencial que você durma cedo, no máximo até 11 horas da noite, que aí tenho certeza que tudo sairá bem.
Mas não posso fechar este artigo sem agradecer aos maiores contribuintes dessa minha passagem vitoriosa: não quero elevar ninguém, mas a pessoa a quem mais agradeço é ao meu professor Bogéa. Não que eu seja puxa-saco ou alguma coisa assim, é que ele é o professor com quem estudo há mais tempo, desde a 5ª. série, também não posso esquecer de Dorcilene e Jackeline, porque se não fossem elas para me darem os puxões de orelha na hora certa, eu estava perdido, não esquecer do meu amigo Ribeiro, um dos melhores professores com quem já tive alua. Magno e Terezinha, senão fosse por vocês dois eu nunca saberia distinguir Roma de Grécia. Rosário e Tatiana, desculpem pelos erros de Português deste artigo. Wild, Pereira e William, ora falando sério, ora contanto piadas e sem sentid.o Meus é muita gente. Nízia, Seu Bento, Sidelina, Luciano, Nazaré, Ana Maria, Dona Fátima, Dominici, Zeca Socorro, Glória, Bianca, Henrique, Marilze, Maciel, Fernando, Lourdes, Julinho, Janaína, Conceição, Elizia, Varidalva, Miroso, Jadson, Arnaldo, Izoni, Cristina, Déa... Bem acho que não esqueci ninguém.
VALEU, pessoa, o meu sucesso devo a vocês. Se não fosse por vocês eu não seria nada. Obrigado pela paciência de ler este artigo, caro leitor.

Claudiomar Matias Rolim Filho
clauclau@zipmail.com.br


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