sexta-feira, 30 de março de 2012

Wally, nós não te esquecemos!

Hoje é dia de saudades. Neste mês, no fatídico dia 30, Valiomar completou seu quinto ano de despedida. Recebi a notícia, (não pode ser verdade!, foi a minha reação) quando estava em shopping em São Luís com um pessoal de Fortaleza, foi chocante. Não acreditava. Dez amigos e parentes daqui do Maranhão decidiram ir à Cajazeiras para dar o adeus pessoalmente. Ninguém foi. Éramos onze pessoas, compramos passagem para Fortaleza de onde fretaríamos uma Van para Cajazeiras. Ninguém foi. Nesta noite irrompeu uma greve inusitada dos controladores de vôos e nenhum avião no país decolou. De carro não era viável, como viajar a noite toda (15 horas de viagem) depois de um dia de atividades? Fomos somente à missa de sétimo dia.
João Paulo, sobrinho do Valiomar, postou uma mensagem dia 28 de março de 2007 no Orkut, dois antes do triste dia,
Dois antes do triste dia, Valiomar recebeu uma mensagem em seu Orkut do seu sobrinho João Paulo que foi uma verdadeira predestinação:
“Se as tempestades chegarem
e as forças lhe faltarem,
você poderá vencer todo mal
segurando na mão...

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/ DE DEUS

Se o seu castelo de sonhos desabar
e a impossibilidade chegar,
há ainda uma saída para você
segurando na mão ... 
       _.-/`)
// / / )
.= // / / / )
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//  /     `/
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\\       /
))     .'
//    /
/ DE DEUS

Se você sentir falta de paz e amor
e não suportar mais o vazio e a dor,
você poderá ter uma vida feliz
segurando na mão ... 
       _.-/`)
// / / )
.= // / / / )
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\\       /
))     .'
//    /
      / DE DEUS
Você não se tornará infalível,
mas pela fé tudo será possível
e os seus sonhos se realizarão
segurando na mão de DEUS...”

Wally, nós não te esquecemos!

Como soube do trágico acontecimento.


Com o pai Waldemar
A notícia do óbito de Valiomar, não lembro exatamente quem me comunicou  primeiro o acontecido.
Recordo que cheguei ao trabalho, abrí o e-mail e havia 4 ou 5 mensagens, duas reenviadas, com o mesmo trágico assunto.
Não acreditei a princípio, comecei a sinalizar o primeiro e-mail da lista para deletar, pensando ser span, pegadinha, sei lá...
Resolví abrir o segundo, pois era de um nosso amigo mútuo dos tempos de Campina Grande.
Lí como a receber um soco direto em pleno plexo.
Imediatamente liguei para minha esposa que se encontrava em Cajazeiras para não confirmar.
Infelizmente era verdade! Ela também acabara de saber.
Desliguei o telefone...
Fiquei a pensar na fragilidade da vida frente a finitude humana.
Inconformado quanto a terminalidade súbita de um amigo.
Marcos Diniz

A máscara do senador


por Francisco Frassales Cartaxo
Quando a mídia divulgou conversas reservadas do se- nador Demóstenes Torres (DEM-GO) foi um espanto. Não é possível! O senador-promotor? Isso mesmo. Aquele de careca reluzente que se firmou no cenário nacional como paladino da ética neste mar de trapaças envolvendo homens públicos, em conluio com empresários, inclusive com os que exploram jogos ilegais. 
Aliás, foi pelo cofre do contraventor Carlos Augusto Ramos (Carlinhos Cachoeira) que o senador goiano entrou no palco e mostrou sua cara de falso moralista, exposta em conversas comprometedoras. Carlinhos, amigo, obrigado pela geladeira e o fogão, grande presente de casamento. Mais tarde, Carlinhos paga R$ 3.000,00 a uma empresa de taxi aéreo a serviço de Demóstenes. O senador pidão afoga assim o severo promotor. Um estraga prazer, porém, gravou descontraídas conversas entre os dois amigos, um político tido como incorruptível e o esperto contraventor. Gravou e passou à mídia. O advogado do senador foi à televisão para dizer que essas gravações, obtidas sem autorização da Justiça, não têm valor de prova, assim reza a lei. De nada servem. E daí? Para a Justiça, não valem, mas para o cidadão, valem. E como valem! Um puxão no elástico fez cair a máscara do senador Demóstenes, tanto que já foi afastado da liderança do DEM. E, pior ainda, com base em informações da Polícia Federal, o procurador-geral mandou abrir processo que dormia na gaveta desde 2009. O bicheiro já está preso e Demóstenes encalacrado, em vias de perder o mandato.
Curioso, pesquisei na internet a respeito da vida do senador Demóstenes Lázaro Xavier Torres, a começar pelo seu próprio blog. Nascido no interior goiano, em 1961, já advogado, ele foi aprovado em dois concursos públicos: delegado de polícia e procurador. Optou pela procuradoria. Promotor, secretário estadual de segurança, procurador-geral de Justiça, presidente do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça foram cargos ocupados pelo ilustre cidadão. Eleito senador em 2002, tornou-se figura de relevo, graças à atuação destemida contra a corrupção, “caixa dois”, desvio de conduta de políticos. O olhar firme da câmera da TV, acusador implacável, estribado na condição de procurador licenciado, parecia uma vestal da antiga UDN, embora sem a cultura, a eloquência, o vozeirão de um Carlos Lacerda ou de um Ernani Sátyro, por exemplo. 
A curiosidade em conhecer um pouco mais sua trajetória resultou numa tremenda frustração. Virei e revirei sítios da internet, consultei um amigo, assessor parlamentar em Brasília, esquadrinhador de leis, projetos, relatórios, essas coisas. E da vida de políticos, também. E aí, perguntei a ele, o senador-procurador fez curso de ator? A resposta foi direta. Não, não consta em seu currículo nada parecido. Nem curso de ator de teatro, cinema ou televisão. Muito menos experiência prática. Quer dizer, a experiência teatral ele adquiriu no senado, aqui em Brasília, disse meu amigo, às gargalhadas, e completou: agora a máscara caiu. De reluzente, fica-lhe apenas a careca... 


quarta-feira, 28 de março de 2012

DEI UMA VOLTA AO PASSADO...


 
Clemildo Brunet

CLEMILDO BRUNET*

Aproveitei esse período considerado por muitos como férias, para um périplo visitando alguns amigos em lugares distintos onde estão residindo. O primeiro a me receber em sua casa foi Otacílio Trajano, Pude sentir o quanto foi saudável, pois além do bate papo descontraído, nos foi possível relembrar as doces aventuras da Rádio “A Voz da Cidade” e do Serviço de Alto Falantes “Lord Amplificador”, ouvindo também as músicas da sua discoteca que nos fez regressar aos velhos tempos e as reminiscências desses veículos de comunicação.

Otacílio Trajano é irmão do saudoso Zeilto Trajano, dois confrades que se dedicaram de corpo e alma a comunicação, assim como eu. Tivemos o privilégio de acolhê-los quando do início da nossa pequena emissora em Pombal nos idos de 1966, ‘A Voz da Cidade’ que logo em seguida teria o seu potencial reconhecido como escola do rádio, exportando profissionais que mais tarde brilhariam no meio radiofônico paraibano e quiçá em outros Estados da Federação.

Expresso do recôndito do meu coração os meus sinceros agradecimentos ao amigo Otacílio Trajano e a sua esposa Luziene, pela forma como fomos bem recebidos e tratados no período que estivemos em sua casa. Ambiente maravilhoso, aprazível, lindo, aconchegante. Lugar privilegiado dos (deuses) diriam os gregos; localizado numa elevação com uma varanda esplêndida no 1° andar, de onde se podem ver as praias paradisíacas do litoral sul da Paraíba, com suas exuberantes belezas e lindas paisagens.
 
 
 
No domingo a convite de Otacílio Trajano visitamos a Rádio Comunitária FM de Jacumã onde ele tem um programa pela manhã, ocasião em que concedi entrevista e relembrando os tempos áureos do início de nossas atividades na comunicação. Despedimo-nos e seguimos em frente para visitar outro amigo que já aguardava nossa chegada a sua casa no Bairro dos Estados. Adivinhem? Paulo Abrantes, meu amigo de infância, que em companhia de sua esposa Ana Rosa, nos deu bondosa acolhida pelo restante daquele dia. Regressamos a Pombal na segunda feira.
 
 
Já agora em março visitamos outro conterrâneo amigo e contemporâneo da radiofonia pombalense, Massilon Gonzaga, que pela sua modéstia não ostenta orgulho nem a vaidade de dizer que é Professor da cadeira de Radio-jornalismo da UEPB, prefere mesmo ser chamado de Nego Massilon ou forrozeiro Massilon. Em sua chácara no “Pé da Cajarana” no município de Campina Grande, fez questão de fazer um documentário de minha vida profissional em vídeo, intitulado “Memória Radiofônica” - para a Biblioteca da Universidade Estadual da Paraíba–UEPB. Fomos nós para entrevista tendo como estúdio improvisado a sombra do frondoso Pé da Cajarana, lugar tranquilo e saudável, quase semelhante, salvando as devidas proporções, ao que eu disse sobre o lugar onde Otacílio Trajano reside.
 
 
Fiquei deveras surpreso com a boa vontade do meu amigo Massilon Gonzaga em querer registrar em vídeo um apanhado histórico de minha vida no rádio. Ainda relutei dizendo que minha história no rádio já estava nos escritos, no entanto, ele foi enfático: “sim, mas, não existe ainda essa sua história em audiovisual - você falando e sua imagem sendo captada simultaneamente”.

Aceitei o desafio!

Tendo encerrado a entrevista, fomos fazer outra gravação em vídeo, agora invertendo as posições; passei a ser o entrevistador e Massilon Gonzaga o entrevistado. Ele falou sobre sua vida desde o início na comunicação, tendo começado suas atividades na Rádio “A Voz da Cidade” e no Serviço de Alto Falantes “Lord Amplificador”, passando pelo seu ingresso nas emissoras de Campina Grande, Curso de Comunicação como aluno e Professor da UEPB e finalmente sobre sua tendência para o forró “Pé de Serra”.

Carregando dentro de si a verve de locutor, poeta, compositor e cantor, eu diria que Massilon Gonzaga de Luna, tornou-se um forrozeiro autêntico gravando suas próprias músicas e criando sua própria banda da qual ele mesmo é o maestro - BANDA “ARIÚS” DE CAMPINA GRANDE.

Depois de editado em vídeo o documentário, ele me mandou uma cópia das duas entrevistas, que vou guardar como uma relíquia em meus acervos e mostrar aos amigos que queiram compartilhar comigo, raras alegrias de nossas vidas.
 
Só assim mais uma vez dei uma volta ao passado...

Pombal, terça feira, 20 de março de 2012.

*Radialista, Blogueiro e Colunista
Twitter @clemildobrunet @brunetcomunica